O desabastecimento de óleo diesel nos próximos meses, se de fato ocorrer, coloca em risco toda a economia do Brasil. Seriam afetadas a produção de comida, a inflação, a exportação de grãos e o PIB. Essa é a avaliação de analistas ouvidos pelo UOL a respeito da possibilidade de faltar combustível no segundo semestre. Para eles, no entanto, é pouco provável que haja um desabastecimento generalizado de combustível.

No fim de maio, a Petrobras enviou ofício ao MME (Ministério de Minas e Energia) alertando para o risco de desabastecimento de diesel no país. Na última quarta-feira (8), a estatal fez novo alerta e defendeu o alinhamento de preços do diesel no Brasil com o exterior, para garantir a oferta interna do combustível.

Uma das principais preocupações é com o transporte da safra de grãos das áreas produtoras para os portos brasileiros, conforme o professor Carlos Antônio Moreira Leite, do Departamento de Economia Rural da UFV (Universidade Federal de Viçosa).

Hoje as cooperativas e os produtores em geral não precisam transportar tudo de uma só vez para o porto. Há uma capacidade relativamente boa de armazenamento nos locais de produção e, por isso, o escoamento da safra vai sendo feito no segundo semestre. O grande complicador é exatamente o diesel, porque o transporte ainda é muito dependente de caminhões.

De acordo com Leite, ao longo do segundo semestre, haverá transporte de grãos como soja e milho —dois produtos que são destaques na pauta exportadora brasileira. Somente no ano passado o Brasil exportou 86,1 milhões de toneladas de soja e 20,4 milhões de toneladas de milho.

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https://economia.uol.com.br/noticias/redacao/2022/06/11/quais-os-impactos-na-economia-se-faltar-diesel-no-segundo-semestre.htm?cmpid=copiaecola